Dentro de cinco a dez anos, o Brasil chegará ao patamar de países
como França e Suiça, atualmente líderes no desenvolvimento e uso de embarcações
com motores elétricos de propulsão, alimentados por baterias carregadas por
mainéis solares. Além de diminuírem a emissão de gases, esses motores são menos
poluentes.
A estimativa foi feita à Agência Brasil por Walter Issamu
Suemitsu, professor do Departamento de Engenharia Elétrica do Instituto Alberto
Luiz Coimbra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).
Ele
participou da 15ª Marintec South América, principal evento do continente
dedicado aos setores de construção naval, manutenção e operações,
encerrado hoje no Rio de Janeiro.
Segundo
o professor, as chamadas embarcações solares são uma alternativa no combate à
emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e à poluição das águas. “Na
Europa, existem países que proíbem barcos tradicionais, porque pode ocorrer
escape de combustível,
que polui lagos e rios”, disse.
A
utilização dos barcos solares ainda apresenta restrições em termos de
velocidade e autonomia. Mas, como o Brasil é um país ensolarado, ele acredita
que o país apresenta muitas possibilidades para adoção dessa tecnologia.
Desafio solar
No Departamento de Engenharia Elétrica da Coppe, Suemitsu tem desenvolvido pesquisas sobre motores para barcos solares, visando sua maior confiabilidade. Alguns professores estão trabalhando com conversores eletrônicos de controle para a parte elétrica.
No Departamento de Engenharia Elétrica da Coppe, Suemitsu tem desenvolvido pesquisas sobre motores para barcos solares, visando sua maior confiabilidade. Alguns professores estão trabalhando com conversores eletrônicos de controle para a parte elétrica.
Alguns
protótipos poderão ser vistos no período de 10 a 16 de setembro próximo, quando
a UFRJ vai realizar no município de Armação dos Búzios, Região dos Lagos, no
Estado do Rio, o Desafio Solar Brasil. A competição vai mostrar o conceito do
barco e sua capacidade, entre outros elementos. Segundo Suemitsu, os motores
solares poderiam ser adotados no Brasil para o transporte de passageiros,
inicialmente em embarcações pequenas e médias.