segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Barcos solares estarão no mercado em cinco anos




Dentro de cinco a dez anos, o Brasil chegará ao patamar de países como França e Suiça, atualmente líderes no desenvolvimento e uso de embarcações com motores elétricos de propulsão, alimentados por baterias carregadas por mainéis solares. Além de diminuírem a emissão de gases, esses motores são menos poluentes.
A estimativa foi feita à Agência Brasil por Walter Issamu Suemitsu, professor do Departamento de Engenharia Elétrica do Instituto Alberto Luiz Coimbra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).
Ele participou da 15ª Marintec South América, principal evento do continente dedicado aos setores de construção naval, manutenção e operações, encerrado hoje no Rio de Janeiro.
Segundo o professor, as chamadas embarcações solares são uma alternativa no combate à emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e à poluição das águas. “Na Europa, existem países que proíbem barcos tradicionais, porque pode ocorrer escape de combustível, que polui lagos e rios”, disse.
A utilização dos barcos solares ainda apresenta restrições em termos de velocidade e autonomia. Mas, como o Brasil é um país ensolarado, ele acredita que o país apresenta muitas possibilidades para adoção dessa tecnologia.
Desafio solar
No Departamento de Engenharia Elétrica da Coppe, Suemitsu tem desenvolvido pesquisas sobre motores para barcos solares, visando sua maior confiabilidade. Alguns professores estão trabalhando com conversores eletrônicos de controle para a parte elétrica.
Alguns protótipos poderão ser vistos no período de 10 a 16 de setembro próximo, quando a UFRJ vai realizar no município de Armação dos Búzios, Região dos Lagos, no Estado do Rio, o Desafio Solar Brasil. A competição vai mostrar o conceito do barco e sua capacidade, entre outros elementos. Segundo Suemitsu, os motores solares poderiam ser adotados no Brasil para o transporte de passageiros, inicialmente em embarcações pequenas e médias.