sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Setor de viagens e eventos paulista perde vagas formais em 2016




O setor de viagens e eventos do Estado de São Paulo fechou 1.917 postos de trabalho com carteira assinada nos meses de julho, agosto e setembro de 2016. Já no mesmo período de 2015, houve geração de 1.138 empregos, assim como no segundo trimestre de 2016, quando foram criados 1.740 empregos. 
Entre janeiro e setembro de 2016, são 1.621 vagas formais a menos e -7.921 no comparativo entre setembro de 2015 com o mesmo mês de 2016. Em termos de variação percentual, o estoque ativo de empregados se reduziu em 0,7% na comparação com o segundo trimestre, 0,6% menor em relação ao estoque que iniciou 2016 e queda de 2,7% no comparativo com o mercado de trabalho existente no fim de setembro de 2015, o que totalizou 281.130 trabalhadores formais. Os números são da Pesquisa de Emprego do Setor de Viagens e Eventos (PESVE), baseada nos dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho). 
Entre as seis atividades analisadas, as únicas altas no terceiro trimestre foram vistas nos setores de alimentação, com crescimento de 0,4% e mais 264 vagas, e agências e operadoras de viagens, com 0,5% e 114 novas vagas. Por outro lado, o setor de hospedagem teve a maior redução em número de vagas, caiu 1,6% e registrou 988 postos de trabalho a menos. Em segundo lugar, o setor de transportes recuou 0,8% e perdeu 971 empregos formais. 

De acordo com a assessoria econômica da Fecomércio-SP, o resultado do terceiro trimestre de 2016 demonstra o quanto o setor de viagens e turismo ainda sente os efeitos da crise. Há permanência da perda de vagas nos setores de transportes e hospedagem, principalmente devido à redução de viagens, e diminuição do desempenho positivo do setor alimentício, o qual cresceu razoavelmente no primeiro semestre e se manteve cauteloso na primeira metade do segundo semestre. A Federação ressalta que o setor de viagens e eventos no Estado de São Paulo está diretamente relacionado ao segmento corporativo e mantém alta dependência do ambiente de negócios, que proporciona mais facilidade de acesso a investimentos. De acordo com a entidade, infelizmente a melhoria desses cenários não se consolidou como realidade em 2016.
Fonte - CNC - Confedereção Nacional do comércio de Bens, Serviços e Turismo