A Operação Urbana Porto Maravilha se alinha aos grandes projetos de regeneração urbana de antigas regiões portuárias no mundo inteiro. Seus principais atrativos são o forte conteúdo simbólico - histórico, social e cultural - dos espaços construídos e o expressivo potencial de renovação imobiliária que possuem, tornado possível pela presença de grandes terrenos (antigos pátios de depósito de mercadoria) vazios ou galpões ociosos. A associação destes dois elementos, aliados a incentivos proporcionados pela legislação urbanística, cria um ambiente favorável às mudanças, onde o patrimônio histórico e as forças da renovação se unem para promover o desenvolvimento e a integração das áreas na dinâmica econômica das cidades. A presença do mar, de baías ou rios aumenta a atratividade turístico-paisagística dessas áreas.
A proposta de divisão da AEIU da Região Portuária do Rio em 11 núcleos homogêneos tem por finalidade evidenciar suas peculiaridades e seu potencial de desenvolvimento. Os núcleos estão apresentados segundo suas características predominantes, seus locais de destaque (marcos urbanos), sua geografia e sua vocação.
Apesar de apresentarem muitas singularidades, um aspecto comum entre os Núcleos é seu relativo isolamento da cidade e mesmo entre si, funcionando às vezes como territórios destacados uns dos outros. Daí a importância da implantação de um novo sistema viário que vai permitir o deslocamento no interior da área, possibilitando a integração dos Núcleos entre si e deles com o restante da cidade, principalmente com o Centro e com os bairros de São Cristóvão, Cidade Nova, Praça da Bandeira e Cajú, que fazem fronteira com nossos três bairros portuários - Santo Cristo, Gamboa e Saúde.
Foi feito um levantamento (auxiliados pela DIC/IPP e por instituições e associações locais) dos pontos turísticos e culturais da Região Portuária alcançando, no momento, um total de 107 pontos.
É o Rio com nova roupagem mas mantendo a sua história.