O Museu Imperial recebeu, pela segunda vez, o Registro Nacional do Programa Memória do Mundo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O prêmio foi concedido à Coleção Carlos Gomes do Museu Imperial, que reúne acervo documental e bibliográfico relacionado ao compositor e maestro.
Em 2010, o Museu recebeu a titulação para o “Conjunto documental relativo às viagens de d. Pedro II pelo Brasil e pelo mundo”, com documentos do Arquivo Histórico, e, agora, conquista seu segundo prêmio, dessa vez com acervos tanto do Arquivo quanto da Biblioteca.
A Coleção Carlos Gomes do Museu Imperial reúne 285 itens, incluindo fotografias, documentos textuais, gravuras, desenhos, livros, periódicos, folhetos e uma partitura. Entre as raridades, está um álbum de recordações que possui mensagens de grandes nomes da época dedicadas a Carlos Gomes, como um desenho de Pedro Américo, um desenho e uma poesia de Victor Meirelles e uma dedicatória de Manuel Araujo Porto Alegre.
Também merecem destaque os cenários da ópera Il Guarany, em aquarelas de Carlo Ferrario, cenógrafo do Teatro alla Scala de Milão, Itália, e a partitura manuscrita de um hino composto para o primeiro centenário da Independência norte-americana, encomendado pelo imperador d. Pedro II e por ele oferecido ao presidente Ulysses Grant na Exposição Universal da Filadélfia, em 1876.
O acervo foi doado ao Museu Imperial em duas partes, em 1946 e 1950, por Ítala Gomes, filha do maestro. Além dos documentos que compõem o conjunto que concorre à titulação da Unesco, a doação contemplou outros itens, como um piano de Carlos Gomes. Contudo, devido à restrição do prêmio, que se refere apenas a documentos, os objetos não foram inseridos na candidatura.
Belíssimo trabalho o Museu Imperial faz junto a história, a cultura do país.
Segundo o novo Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem, elaborado pelo Ministério do Turismo, o Brasília Palace (foto) é o primeiro empreendimento do País a conquistar o status de Hotel Histórico. Amanhã (terça-feira, dia 25), o ministro do Turismo, Gastão Vieira, entrega oficialmente a placa com a classificação, em solenidade marcada para as 10h, na própria unidade. O hotel faz parte da Rede Plaza Brasília, do empresário Paulo Octávio.
O Brasília Palace recebeu a classificação após passar pela avaliação do Inmetro, por estar “instalado em edificação preservada em sua forma original ou restaurada, ou ainda que tenha sido palco de fatos histórico-culturais de importância reconhecida”, de acordo com o Ministério do Turismo.
“A Rede Plaza Brasília e a equipe do Brasília Palace Hotel têm a honra de oferecer uma joia de Niemeyer com adereços de Athos Bulcão aos nossos hóspedes e visitantes”, destaca o gerente geral Daniel Bernardes. “O hotel foi a primeira obra inaugurada na cidade, ofereceu os primeiros bailes, primeiro concurso de miss, o primeiro a usar aço nacional em sua estrutura e muitas outras inovações.”
HISTÓRIA
Primeiro hotel da capital, projetado por Oscar Niemeyer, o Brasília Palace foi inaugurado em 30 de junho de 1958. Era o primeiro prédio da capital e uma das três primeiras edificações, junto com o Palácio do Planalto e a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima. A partir daí, passou a ser o QG das equipes de governo na época da construção de Brasília. E mais: em dezembro de 1959, foi palco da criação da música Água de beber, de Tom e Vinícius.
Um incêndio, em 5 de agosto de 1978, destruiu completamente o hotel e, a partir daí, o local ficou abandonado até 14 de maio de 1997, quando o então governador Cristovam Buarque lançou o Edital de Licitação, de abrangência nacional, para a restauração do Brasília Palace Hotel.
As Organizações Paulo Octavio venceram o certame, tendo sido a única empresa do País a apresentar proposta, pois as características do Brasília Palace Hotel não permitiam a ampliação do prédio. Após nove anos de trabalhos, a empresa reinaugurou o hotel em setembro de 2006.