quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O Chapéu na Cozinha, o Toque Blanche por Junior Costa




Há uma história de que o chapéu do chef tem 100 pregas em analogia aos 100 pratos com ovos que um chef é capaz de criar. Será verdade?
Por isto tem muito peso para usar e não somente colocar em sua cabeça e ter titulo de Chef tem que ser Chef.

Toque Blanche ( Touca Branco )
toque blanche é o chapéu que integra a indumentária de um chef de cuisine. Por volta de 1630, o rei da França, Luis XIII, instituiu o uso desse chapéu por seus cozinheiros. Tamanha foi a valorização da arte culinária desde então que os cozinheiros ganharam novo nome: officiel de bouche (oficiais da boca). Como em todos os cargos dos palácios existia uma hierarquia, o mesmo acontecia com os funcionários da cozinha. Assim, o rei Luis XIII determinou que essa hierarquia dos cargos de cozinheiros fosse manifestada pelo tamanho dos chapéus. O chef de cuisine usava um chapéu alto e com muitas pregas e seu ajudante, um bonezinho. Apesar da popularização dos chapéus de cozinheiro ter advindo dos palácios franceses, os monastérios há muito mais tempo já utilizavam esse chapéu. Eram os monges os melhores cozinheiros e os franceses, gostando de suas vestimentas da cozinha, copiaram e difundiram pelo mundo essa tradição.
Como na França, os chapéu dos chefs é chamado de toque blanche (touca branca) e no Brasil não traduziram, ficou conhecido como 'toque', simplesmente.
O chapéu, além de ser alto por uma hierarquia, serve para evitar que  fios de cabelo caiam nas preparações , além de ajudarem na refrigeração da cabeça: o chef tem sempre a cabeça quente de preocupações e responsabilidades e portanto o chapéu funciona como uma chaminé!
Os 'toques', bem altos, são usados apenas pelos grandes chefs e, normalmente, são descartáveis.
Os chapéus baixinhos usados por ajudantes são chamados bibicos.
Um pouco mais de história:
Marie Antoine (Antonin) Carême (Paris, 8 de Junho de 1784 — 12 de Janeiro de 1833), foi um chef de cozinha francês. Tornou-se conhecido pela simplificação e codificação do estilo de culinária chamado haute cuisine, a chama Alta Gastronomia Francesa, que é o centro da Culinária da França. Conhecido como o "chef dos reis e o rei dos chefs", ele é comumente lembrado como o primeiro chef celebridade. O impacto de Carême na gastronomia deu-se tanto no trivial, quanto no teórico.
Credita-se a ele a criação do tradicional chapéu de chef, o Toque Blanche.
Então, já sabem: se se depararem num restaurante com alguém usando um chapéu bem alto, estarão diante do chef que criou os maravilhosos pratos do cardápio.
O chapéu do chefe de cozinha, branco e comprido, é usado por uma questão de hierarquia. Com ele, é possível distinguir o superior de seus ajudantes, que usam o bibico, chapéu com duas pontas. Chamado de "toque blanche" (touca branca, em francês), o chapéu tem uma origem incerta. Acredita-se que ele surgiu por volta do século 16, no Império Bizantino, na Europa Oriental. Conta a lenda que, naquela época, na Grécia, muitas pessoas se refugiavam em monastérios ortodoxos para fugir de invasões bárbaras e, inclusive, se vestiam como os monges, com longos chapéus pretos, para escapar da perseguição. Entre eles estavam os cozinheiros, que mais tarde adotaram o mesmo modelo de vestimenta, na cor cinza. A cor branca veio no século 19, quando o "chef" francês Marie-Antoine Carême (1784-1833) redesenhou os uniformes dos chefes de cozinha e adotou o chapéu comprido como símbolo de hierarquia elevada. É importante ressaltar que a "toque blanche" também é usada pela questão da higiene. Além de manter o cozinheiro protegido, ela impede que seus fios de cabelo caiam no prato em que estiver preparando.

Junior Costa 
Chef Executivo de Cozinha 
Consultor em Gastronomia 


terça-feira, 18 de setembro de 2018

Orçamento do Fungetur cresce 285% em 2019



O orçamento do Fundo Geral de Turismo dará um salto de mais de 285% em 2019. Passará dos R$ 43,2 milhões destinados para o atual exercício para R$ 166,6 milhões, a maior dotação desde o ano passado, quando o fundo foi reformulado e adotou novas regras para a contratação de financiamentos por empresas do setor de turismo.
Se comparado com a dotação de 2017, de R$ 66,7 milhões, o crescimento apurado é de quase 150%. Até agosto de 2018, foram contratados nos oito agentes financeiros do fundo cerca R$ 38 milhões em projetos de construção, reforma e compra de máquinas e equipamentos para meios de hospedagem, transportadores turísticos, bares e restaurantes, entre outras atividades. A expectativa é de geração/manutenção de 1.107 empregos em função dos 17 contratos assinados até agora.
“A reformulação do Fungetur está atingindo os seus objetivos. Os números recentes mostram que há capilaridade, com o atendimento de municípios de vários estados; e foco, já que maior parte da clientela é composta de micro e pequenas empresas, que mais precisam de apoio”, afirma o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz. Segundo ele, a nova administração do Fungetur, a inclusão de novos agentes financeiros – já que anteriormente somente a Caixa Econômica Federal operava com recursos do fundo –, e a crescente demanda por crédito são alguns dos fatores que justificam o aumento da dotação orçamentária do Fungetur.
A principal atividade beneficiada pelo Fungetur, com 7 dos 17 contratos de financiamento assinados, é a de meios de hospedagem. Os recursos liberados para projetos hoteleiros estão principalmente em destinos de grande demanda como Gramado (RS), Araxá (MG), Atibaia (SP) e Balneário Camboriú (SC). Os demais referem-se a projetos de transportadoras turísticas, bares, restaurantes e cervejaria em municípios como Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins e Vitória, referências no turismo do Espírito Santo; além de Belo Horizonte, Aracaju e Porto Alegre, entre outros.
A expectativa do Ministério do Turismo é que até o final deste ano sejam contratados outros R$ 53,7 milhões, valor equivalente a 36 projetos que estão em análise nos bancos. No total, a carteira de projetos deste fundo especial de financiamento conta hoje com 53 propostas, entre contratados e em análise, no valor global de R$ 92 milhões.
CRITÉRIOS – As linhas de crédito do Fungetur operam com taxas de 5% a 6% a.a + INPC e prazos de amortização de 60 a 240 meses, dependendo do tipo de projeto a ser financiado. O valor máximo do empréstimo é de R$ 10 milhões para atendimento a micro, médias e pequenas empresas.
Os agentes financeiros do fundo são: Agência de Fomento do Mato Grosso (Desenvolve MT), Agência de Fomento do Rio Grande do Sul (Badesul), Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Banco do Estado de Sergipe (Banese), Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Caixa Econômica Federal (CEF) e Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP).

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Buscas por viagens pelo Brasil lideram com dólar em alta





No dia 21 de agosto, o dólar norte-americano ultrapassou o valor de R$ 4 e desde então não desceu mais desse patamar.Tal cenário econômico reflete nas escolhas diárias das pessoas que, segundo levantamento do Kayak, já passaram a procurar por mais destinos nacionais e sul-americanos para driblar a escalada do preço do dólar.

O metabuscador revelou que, desde abril, o interesse por viagens pelo Brasil cresceu 31%, com destaque para Fortaleza e Porto Alegre, que tiveram aumentos acima do esperado, principalmente por se tratarem de cidades com bases consolidadas no número de buscas.

“O ranking revela que os brasileiros estão aproveitando a alta do dólar para apostar em destinos nacionais e na América do Sul, que são menos dolarizados e, por isso, estão mais baratos. Ao contrário do que se poderia pensar, não estamos deixando de viajar, mas mudando o perfil de nossas viagens”, comentou o líder de Operações do Kayak no Brasil, Eduardo Fleury.

Lisboa é a única cidade fora da América do Sul a aparecer no levantamento dos 15 destinos mais buscados desde abril, ainda assim, apenas na 15ª posição.

“Com um grande volume de turistas chegando, é possível que a capital portuguesa encareça seus valores nos próximos anos, o que pode levar a uma estabilização da ida de brasileiros para lá”, analisou Fleury.

Confira o ranking dos destinos que mais cresceram desde abril:

Juazeiro do Norte+270%
Bariloche (Argentina)+270%
Porto Alegre+268%
Santiago (Chile)+261%
Fortaleza+258%
Belém+241%
Natal+241%
São Luís+240%
São Paulo+231%
Brasília+230%
Recife+230%
Salvador+230%
João Pessoa+224%
Rio de Janeiro+224%
Lisboa (Portugal)+219%

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Enoturismo é aposta para o desenvolvimento rural sustentável




A Organização Mundial de Turismo (OMT) optou pelo enoturismo para fazer parte do Turismo nacional e políticas de desenvolvimento rural durante a terceira UNWTO Wine Tourism Conference na República da Moldávia, realizada na semana passada. 

Os dois dias de discussão envolveram especialistas de 30 países e abordaram a prioridade da OMT de melhorar os benefícios socioeconômicos do Turismo, levando em conta segmentos específicos, como o enoturismo.


Segundo levantamentos durante o evento, para tornar o enoturismo uma ferramenta para o desenvolvimento rural, as comunidades locais devem se envolver e se beneficiar de toda a cadeia de valor do Turismo. Também foram discutidos modelos de governança que pudessem ajudar os administradores de destinos a oferecer o enoturismo como parte de uma abordagem holística de turismo rural e cultural.

Entre as principais conclusões da conferência estava a convicção de que se este tipo de Turismo for reforçado por parcerias, desenvolvimento de competências, pesquisas orientadas por dados e apoio a pequenas empresas, ele poderá ser uma área de criação de emprego e inovação e trazer novos modelos de colaboração.

“A complexidade do desenvolvimento do Turismo enológico e a diversidade de atores envolvidos requerem modelos inovadores de colaboração. Precisamos derrubar paredes e promover novos nichos”, disse o secretário geral da UNWTO, Zurab Pololikashvili.

O encontro foi palco de pedidos por mais pesquisas para medir e entender as tendências do enoturismo e seus consumidores, além de comparar destinos internacionalmente com os mesmos critérios. A criação de oportunidades de emprego requer também o desenvolvimento de capital humano qualificado em novas tecnologias e sustentabilidades.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Concessão de parques vai estimular o turismo



A iniciativa tem como objetivo melhorar a infraestrutura das unidades de conservação administradas pelo ICMBio e deve impulsionar o turismo de natureza.
Apesar de o Brasil ser considerado o número um do mundo em atrativos naturais segundo o Fórum Econômico Mundial, apenas 16,3% dos visitantes internacionais que estiveram no País  a lazer em 2017 tiveram como motivação as atividades de natureza ou ecoturismo. As concessões de alguns serviços dentro das unidades de conservação têm como objetivo estimular o turismo aliado à melhoria da conservação e infraestrutura das unidades por meio dos recursos privados.
No caso da unidade Pau Brasil, a concessão será destinada aos seguintes serviços obrigatórios: cobrança de ingressos; transporte interno, estacionamento de veículos na Sede e na Jaqueira; lanchonetes na Sede e na Jaqueira; loja de conveniência na Sede; espaço do ciclista; centro de visitantes, espaço de campismo, tirolesa e passarelas suspensas, com ônus para o concessionário de adequação das estruturas físicas necessárias.
Localizado a 43 quilômetros de Porto Seguro (BA), o Parque do Pau Brasil deverá se firmar como novo atrativo turístico da região. Isso graças ao edital, publicado no Diário Oficial da União, que prevê a concessão de serviços de apoio à visitação, ao turismo ecológico, à interpretação ambiental e à recreação em contato com a natureza. A ideia é melhorar a infraestrutura da unidade de conservação para que possa receber cada vez mais turistas e visitantes.
“Ainda estamos muito aquém do nosso potencial no que diz respeito ao turismo. Enquanto recebemos 10 milhões de visitantes em nossas unidades de conservação no último ano, os parques nacionais americanos receberam 307 milhões, o que mostra que ainda precisamos avançar no ecoturismo e turismo de natureza. Sem dúvida a concessão de serviços essenciais nessas unidades irá contribuir para um grande salto de qualidade no receptivo. Ao melhorar as condições para a visitação estaremos estimulando a economia e gerando emprego e renda nas comunidades que ficam ao redor dessas unidades”, explicou o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz.
O prazo previsto para a concessão é de 20 anos, com valor de outorga de R$ 6 milhões e R$ 7,2 milhões de investimentos estimados. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que completa 11 anos nesta terça-feira (28), já prepara editais para a concessão de outros seis parques nacionais. São eles: Chapada dos Veadeiros (GO), dos Lençóis Maranhenses (MA), do Itatiaia (RJ), do Caparaó (MG), de Jericoacoara (CE) e da Serra da Bodoquena (MS).
SOBRE O PARQUE - Com 190 quilômetros quadrados, a unidade foi aberta à visitação há pouco mais de um ano e meio. Entre as atividades disponíveis para o visitante estão: roteiros para grupos de observação de aves, mirantes e roteiros para caminhadas e pedaladas. O turista tem seis trilhas de trekking à disposição.
No local é possível admirar uma raridade nos dias de hoje: árvores de Pau Brasil, espécie que dá o nome ao parque. A unidade de conservação abriga, ainda, a nascente do Rio da Barra, que também já foi chamado de Brasil pelos primeiros portugueses – uma referência cartográfica aos desbravadores europeus na nova colônia.